PARA PROPRIETÁRIOS DE VEÍCULOS E VISTORIADORES/AVALIADORES
- O clube deverá orientar e ajudar seus associados na restauraçăo dos veículos, bem
como na reversăo de modificaçőes para o padrăo original. A maioria dos clubes tem
se auxiliado mutuamente em relaçăo a isso, fornecendo informaçőes, etc.
- O Vistoriador deverá conhecer o veículo a ser avaliado, caso contrário deverá solicitar
colaboraçăo de antigomobilistas que conheçam. É interessante que o clube mantenha
uma "biblioteca" com o máximo possível de literaturas e manuais.
- O proprietário que for efetuar restauraçăo de veículo antigo deverá sempre procurar
(antes de iniciar o trabalho), o máximo de informaçőes possíveis a respeito do veículo
e dos procedimentos de restauraçăo. Para tanto, poderá consultar os responsáveis
pelas vistoria em seu clube; publicaçőes especializadas ou com antigomobilistas
experientes neste processo.
- Ter em mente também que restaurar năo é "melhorar o veículo". Restaurar é trazer
o veículo ŕ sua forma original, isto é, recuperar o veículo seguindo rigorosamente
o padrăo de época.
- Veículos que tenham modificaçőes, seja na estrutura, motor, transmissăo, chassi,
etc, devem reverter essas alteraçőes para o padrăo original (ou similar) para que
possam ser submetidos a uma vistoria.
- Procurar utilizar, até mesmo por uma questăo de credibilidade e seriedade, critérios
relativamente rigorosos e bom senso, a fim de que o veículo que receba o certificado
realmente o mereça, e o objetivo da placa preta (veículo original, em excelentes
condiçőes e com valor histórico) seja mantido.
- A aplicaçăo de procedimentos relativamente rigorosos e bom senso também incentiva
o proprietário a fazer a restauraçăo o melhor possível a fim de que seu veículo
seja aprovado na vistoria, evitando-se com isto um eventual "relaxamento" ou utilizaçăo
de măo-de-obra desqualificada.
- O vistoriador deverá agir de forma extremamente "técnica". Qualquer tipo de ´favorecimento´
deve ser evitado, (seja pela utilizaçăo de critérios năo muitos rigorosos, amizades,
ou até mesmo para ´năo criar atrito´ internamente com algum associado), pois, se
houver influęncia de qualquer fator que năo seja a "qualidade" do veículo na concessăo
do Certificado, o instituto da "placa preta" estará desmoralizado, bem como a credibilidade/seriedade
da entidade que o emitiu. O proprietário de veículo emplacado com placa preta deverá
ter em mente que o ´valor´ da placa "especial" năo está no certificado ou na entidade
que o emitiu e sim nas qualidades do veículo.
- O veículo, além de conservar suas características originais, também deverá estar
em excelente estado de conservaçăo. Năo adianta estar "totalmente" original e estar
em péssimo estado de conservaçăo.
- Veículos com fabricaçăo limitada ou raros devem ser vistoriados levando-se em conta
essa peculiaridade, ou seja, pode-se admitir uma maior quantidade de itens "reproduzidos"
e que năo sejam exatamente 100% originais, ou originais que năo estejam muito bem
conservados (sempre condizente com a situaçăo em questăo)
- Veículos que tenham a pintura ainda original (nunca foi repintado) e em bom estado,
preferencialmente năo deverá ser repintado, pois uma pintura original, ainda que
um pouco gasta, é muito mais "valiosa" historicamente do que uma nova (refeita).
Isso também se aplica ŕ tapeçaria e a outros itens. A restauraçăo (seja parcial
ou completa) somente é recomendável para veículos/itens que realmente necessitem.
- O fator histórico é muito mais autęntico em um veículo em bom estado e sem restauraçăo.
- A mudança da voltagem do veículo somente é justificável na hipótese de năo mais
ser possível a sua utilizaçăo (por inexistirem componentes ou ser extremamente difícil
sua reproduçăo).
- Os acessórios de época năo recebem pontos extras. Se o acessório for colocado em
prejuízo do item original ou opcional de fábrica, perdem-se os pontos e o item é
considerado năo original. Por exemplo: substituir uma roda que sai originalmente
de fábrica por um modelo utilizado na época (mas que năo era original de fábrica,
nem como opcional) descaracteriza o item, pois neste caso o original "foi eliminado".
Se a colocaçăo do item acessório năo resultar na eliminaçăo ou prejuízo do original
de fábrica (resultar apenas num acréscimo) o item poderá ser aceito. Em alguns casos
a substituiçăo do original por um acessório desclassifica o veículo.
- A colocaçăo de muitos acessórios, de forma a transformar o veículo numa "árvore
de natal" é considerada descaracterizaçăo.
- O proprietário do veículo vistoriado assinará um termo de responsabilidade, no qual
ele se responsabiliza por năo efetuar alteraçőes no veículo ou, se as fizer apresentar
o veículo para nova vistoria, para fins de se verificar se o mesmo ainda mantém
condiçőes de possuir a placa preta.
- Deve-se, também, para a vistoria, fotografar o veículo (externamente e internamente,
inclusive parte mecânico-motor) para arquivamento pelo clube junto as cópias dos
documentos da vistoria, para fins de comprovaçăo do estado do veículo quando da
realizaçăo da mesma e para fins de emissăo de uma "identidade de veículo de coleçăo".
Fonte: Manual VCCFPOLIS para vistoria e avaliaçăo de veículos antigos